"A partir daí, a gente começou a engajar no processo", disse Antônio Naves.
Uma, duas, três reuniões! Na terceira, Oswaldo de Oliveira foi eleito o primeiro presidente da Icasu. O objetivo estava definido e o estatuto redigido, era hora de criar um plano e colocá-lo em prática.
"A partir daí, a gente começou a engajar no processo", disse Antônio Naves.
Mas, como buscar recursos? Várias comissões foram formadas com esse objetivo. O senhor Antônio conta que em duplas, os voluntários saíam batendo de porta em porta, explicando que a Icasu iria ajudar a população carente. “Eu fiz parte de uma dupla, eu com o dono do Só Compensados, Rubens Guarato. A gente foi andando casa por casa no Martins buscando contribuição mensal para manter a Icasu”.
Quem aceitava contribuir com a Icasu era cadastrado, fazia o compromisso e na porta da casa era pregada uma plaquinha com os quatro bonequinhos da Icasu. Na placa estava escrito: não dê esmola, ajude a Icasu. “ Então o pedinte não parava lá pra pedir esmola porque sabia que tinha contribuído com a Icasu”, completa Sr. Antônio.
Nesta época, em 1967, seis cobradores, que ganhavam comissão, voltavam às casas, recebiam e entregavam um recibo. Era esse dinheiro que ajudava a manter a instituição na compra de alimentos. Cada família ajudava como podia e a Icasu também contava com outras doações para formar uma cesta que era distribuída todos os sábados para as famílias.
A marca original da Icasu tem os quatro bonequinhos até hoje e conhecendo esta parte da história entendemos o sentido de estarem de mãos dadas, é para ajudar os jovens, as famílias e quem mais precisa, mas de forma organizada. Como este era só o início, era uma medida assistencialista emergencial, mas que se transformou ao longo dos anos.
*a história da Icasu está sendo contada a partir das lembranças do presidente Antônio Naves